Projeto Teia / SESC Pompéia

Arte e Paisagem     |     Finalizado

São Paulo – SP
2012


Autores

Raul Pereira
Maria Cecília Barbieri Gorski

Equipe

Rulian Nociti
Aline Santos
Roberto Rüsche


Estrutura

Companhia de Projetos LTDA

Luminotécnica

K2 Arquitetura LTDA

Consultoria de Segurança

Eng. Francisco Donatiello

Execução e Montagem

EPROM – montagem das redes de proteção, GLAFCOM – estruturas metálicas, Logos do Brasil – estuturas articuladas

Colaboradora

Cristina Franco

Nas passarelas da Lina

Flutuando no ar, o Projeto Teia procura explorar novos pontos de vista dos espaços do edifício do SESC Pompéia e, para isso, nada melhor que as passarelas de concreto, que se tornaram um símbolo dessa obra tão singular.

Muito mais que simples conexões, que unem os dois edifícios, as passarelas remetem a uma trama expressionista de aquedutos e praças suspensas. Tampouco, são meros lugares de passagem, mas sim, de fruição, protagonistas de uma experiência complexa e delicada, como tudo que Lina Bo Bardi inventou. Com sua magia, desse espaço originário da concretude racionalista de uma fábrica de tambores, nasceu uma obra telúrica, de brutal delicadeza, onde cada lugar da unidade, feito camaleão, pode se transformar numa outra coisa, e cumprir vários papéis.

Lina não queria “playgrounds” convencionais, determinados e estáticos, pois considerava que qualquer espaço de SESC Pompéia pode ser lúdico, brincalhão e flexível.

O Projeto Teia é uma escalada pelos ares, num passeio de 85 metros, sobre uma rede de trapézio, alcançando 5,30 metros, altura das telhas de um sobrado, numa coreografia circense e de vertigem, onde é possível vislumbrar toda a praia de madeira sobre o córrego das Águas Pretas.

Ao final do percurso, pode-se aventurar, num mergulho vertical, atravessando as argolas de vários peneirões de redes superpostas.

A trama de andaimes remonta sua origem, aludindo à reconstrução da fábrica, como se a obra renascesse, celebrando neste ano, seu aniversário de trinta anos.

A celebração desta obra, sempre instigante e contemporânea, propõe uma travessia radical, corpos suados e pernas bambas, na exploração de um percurso inédito, que abraça e revela novas paisagens de um dos mais belos, significativos e inovadores espaços arquitetônicos brasileiros.